Processamento de sinal de áudio ao alcance dos pés (vulgo pedais de efeito)


Se tem uma coisa pela qual praticamente todo guitarrista é apaixonado – além, é claro, das próprias guitarras – são os pedais de efeitos. Houve um período, ali por volta do final da década de 1980 e início de 1990, que os pedais analógicos deram uma sumida no mercado, por conta do surgimento das pedaleiras digitais multiefeitos. Porém, a coisa mudou de figura com o surgimento e explosão do que convencionou-se chamar de grunge, já que os membros de várias dessas bandas não tinham grana para comprar pedaleiras digitais, bem caras na época por serem novidades. Mark Arm (Mudhoney) não abria mão do Univox U-1095 Super-Fuzz e do Electro-Harmonix Big Muff Pi  tanto que o EP de estreia de sua banda foi intitulado Superfuzz BigmuffKurt Cobain (Nirvana) ajudou a popularizar o Boss DS-1 Distortion e o Boss DS-2 Turbo Distortion. Jerry Cantrell (Alice in Chains) usava muito o Tone Freak Buff Puff Boost e o Dunlop Cry Baby, a  ponto da fabricante lançar uma versão assinada pelo guitarrista, o Jerry Cantrell Cry Baby Wah, entre outro pedais.

Aliás, aproveitando o ensejo… Uma forma rápida e eficaz de descobrir quais são os pedais, e outros equipamentos também, usados pelo seu artista favorito é o site Equipboard, que, de acordo com eles, "detalha os equipamentos, ferramentas e produtos usados ​​por artistas, profissionais e influenciadores em seu ofício.", e ainda "mostra aos músicos o equipamento que seus artistas favoritos usam para fazer música.". Se não sabe qual pedal adquirir para chegar naquele tão almejado timbre, pegue uma banda como referência e… voilà! Tá na mão.

Atualmente, existem inúmeras opções de marcas e modelos de pedais de efeitos, tanto para guitarra quanto para baixo, sintetizador e outros instrumentos, com fabricantes – de handmade (pedais montados à mão) a grandes empresas – do mundo todo, inclusive do Brasil. Felizmente, o número de empresas nacionais vem crescendo muito nos últimos anos, com excelentes opções que, como manda o clichê, "não deixam nada a desejar em relação às marcas estrangeiras", o que também impacta diretamente no custo-benefício, principalmente se levar em conta a desvalorização da moeda nacional e, consequentemente, do alto valor do dólar, euro, libra etc. Diante dessa ascensão nacional de fabricantes de pedais, a revista virtual Guitarload prestou um excelente serviço de utilidade pública a guitarristas e demais instrumentistas ao criar uma lista com, senão todos, pelo menos uma grande parcela dos produtores brasileiros da área: Fabricantes de pedais handmade brasileiros: lista completa.

Com essas dicas todas, duvido muito que você não vai encontrar aquele pedal que vai cair como uma luva para a sonoridade da sua banda. E melhor ainda: com um preço que cabe no bolso. 😉

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